sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Há pouca vida no meu tedio...por Janos Biro


Há pouca vida no meu tédio

Pouco dia no meu desperdício

Pouca proteína no meu lixo

Pouca realidade na minha frente

E tempo demais

Gente demais

pouca arte no meu plástico

Pouco sorriso no meu fingimento

Pouco descanso no meu sono

E cores demais

Brilho demais

Há pouca memória no meu vazio

Pouca velocidade na minha asfixia

Pouco metal nos meus escombros

Pouco mais do que devia

E tanta compaixão

E tantos esconderijos

E tantos espelhos

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