sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Há pouca vida no meu tedio...por Janos Biro


Há pouca vida no meu tédio

Pouco dia no meu desperdício

Pouca proteína no meu lixo

Pouca realidade na minha frente

E tempo demais

Gente demais

pouca arte no meu plástico

Pouco sorriso no meu fingimento

Pouco descanso no meu sono

E cores demais

Brilho demais

Há pouca memória no meu vazio

Pouca velocidade na minha asfixia

Pouco metal nos meus escombros

Pouco mais do que devia

E tanta compaixão

E tantos esconderijos

E tantos espelhos

Branco do papel

Que medo dar

O branco do papel

Quando ele se quebra

Perde-se o anseio

Pode-se errar

Tentar

Arriscar

Ousar

Tentar rimar

Quando você quebrar

O branco, o gelo.

Simpliscidade...


Titulo (ou seja, nome da poesia)

Sempre escrevo o titulo

Depois o primeiro verso

Daí me pergunto como seria o próximo

Não existe uma formula

Não sei como dizer

É um caminho que se faz caminhando

Parece complicado

Mas não é

Este por exemplo

É o segundo parágrafo

A um segundo falamos em primeiros versos

E veja onde estamos

No segundo parágrafo

Num é realmente surpreendente?

Escrevendo e escrevendo

Terminamos

Vamos para outro

Bem, este é o terceiro

Pode ser também

O ultimo parágrafo

Exato!

Esta será a ultima frase

Poesia de insonia


“a arte existe pra que a verdade não nos destrua’’

E para todo aquele faz sua vida uma obra de arte

O que fará?

Quando toda essa arte o consumir

Daí alguém que dissera que a arte é livre

Se quer pode escrever sem com “c”

Ou sem saber

Sendo a arte uma contrapartida á veracidade dos fatos

Seria ela uma mentira?

Uma farsa?

As perguntas não param de brotar na minha cabeça

Mas num me parece tátil

Sólido, inteligível ou visível.

...

Humanidade



‘’Esta bem claro que de agora em diante precisamos assumir a responsabilidade pelo que acontece em nosso planeta, porque, se não a assumirmos e não agirmos conforme nosso conhecimento com a natureza e nosso afeto por ela, destruiremos o chão sobre o qual vivemos, e nossa espécie acabará. ’’
(Aldous husley,numa citação de seu livro ‘’situação humana, 1959)

Interessante ressaltar que, assuntos como ‘aquecimento global’ e ‘’consciência ambiental’ nos soa tão modernos, quando há mais de quatro décadas, Aldous Huxley publicou em seu livro previsões catastróficas.
Porem o problema apenas se multiplicou, e o que a quarenta anos atrás nos parecia ‘’um futuro assustador’’ se transformou em um ‘pesadelo presente’ bem mais sombrio e apocalíptico em relação ao que se deduzia. mas isto ainda não foi o bastante para aprendermos a lição, pois estamos caminhando rumo ao suicídio mássico de nossa linhagem.
É estupidamente obvio que o nosso modelo atual de vida é mais que insustentável, chega a ser parasita.
Parasita, esta seria a palavra que descreve com clareza nossa estrutura sócio/cultural.

Vejam o que diz o ‘Tio Aurélio’ a respeito do tema:

“Pa.ra.si.ta adj. e (sm) 1. (animal ou vegetal) que se nutre do sangue ou da seiva de outro. 2. Fig. (Individo) que não trabalha e vive á custa alheia.
-->pa.ra.si.tis.mo”


Seremos lembrados como a geração que teve consciência do abismo que nos esperava num futuro breve e, no entanto caminhamos cegamente para o mesmo guiado apenas por ganância, ambição e sede de dominação?

Apenas uns versos

Poesia...
Me encontrei
refletindo À toa
Com a deusa da memoria
Sociedade oral
Versos feitos dos herois
deuses
De cantoCujo coro
Confunde a função
Como uma função
aos poetas
...

Continuando...

Tivemos varios problemas com conflitos das ideias e dos ideais de cada um que participava da banda.
Falta de; interesse, responsabilidade e impenho foi o que levou a banda, que aparentava ''ter futuro'', a vim por acabar.


Fiquei muito desapontado e sobre tudo frustado, esgotado, o desgaste das espectativas me levou a um nivel de discrença na minha vida de artista e conclui que não me encaixava mais como ''rockeiro'' (fazedor de rock) e apenas um rockista, um mero escutador passivo e improdutivo.
E essa fase de não-criatividade durou por muito.


Foi quando durante uma passagem do projeto palco giratorio do sesc com o espetaculo ''De malas prontas'' que pude fazer uma oficina de ''iniciação na arte do palhaço'', com a companhia pé de vento ministrada por pepe nunez, foi amor a primeira vista! Me indentifiquei com o universo de forma como nunca havia acontecido.
E passei a ver o palhaço com outros olhos...


Eu que já havia na minha pré-adolescencia participado de um grupo amador de teatro, Grupo teatral o meninão, me apaixonei novamente pela arte de atuar, e comecei a estudar (pela internet)o ser palhaço.


Foram alguns meses de garimpagem, até que um dia meio que por acaso comentei com samuel sobre o que estudara, na presença de carlinhos (amigo que dividia casa conosco) e se interessou pelo assunto.
Então eu comecei a lhe repassar o que ia descobrindo.
Ele que faz pedagogia, contou com a ajuda o amigo e professor de artes Reginaldo Carvalho que tem estudava não só o palhaço como o circo em modo geral, porem com certa atenção para o teatro, diga-se de passagem sua tese de mestrado foi em circo teatro.
Agora com ajuda de Reginaldo poderiamos ter acesso a livros e fontes que nos possibilitou empandir nossas pesquisas.

''Essa busca de seu próprio clown reside na liberdade de poder ser o que se é e de fazer os outros rirem disso, de aceitar a sua verdade. Existe em nós uma criança que cresceu e que a sociedade não permite aparecer; a cena a permitirá melhor do que a vida."


Basicamente aconteceu a carlinhos a mesma coisa que me aconteceu, pois a ideia de poder estravasar, buscar, construir e desconstruir a si mesmo muito nos agradava.
E nós naquele momento entramos na conclusão que ser palhaço era isso; encontrar um pedaço de si há muito guardado destruir sua cela, liberta-lo e cura-lo!

E a um só tempo curar os outros!


Eu particularmente já carregava a ideia de que deveriamos forjar alguma coisa para combater a mal impressão que o palhaço sofria nos dia de hoje, resgatando o explendor e o encanto que existe na verdadeira excencia do palhaço, tal qual desfrutei no espetaculo ''de malas prontas''


Pronto!
Chegamos no começo!!


Eramos uma dupla tentando ser palhaço, buscando deixar ''sair'' o palhaço em cada um.


continua...

Em busca de uma ''teatralidade''


Primeiramente penso eu em dar inicio nas atualizações deste blog, se é pra começar que seja do começo(hehehehe) então...
Vamos para o inicio, ou melhor vamos para antes antes do inicio do começo das coisas que dizem respeito a essa historia de trupe...
Eu era apenas um jovem estudante de desenho artistico, estudei por muito tempo conceitos basico de tecnicas de desenho como; luz e sombra, anatomia humana, material adequado, texturas e efeitos etc.
Desenvolvi uma mensuravél habilidade com lapis de cor, com o qual praticamente baseava-se minhas criações
Com trabalho relativamente amadurecido me tornei capaz de desenhar retratos e caricaturas e fazia encomendas (eis minha primeira espectativa de viver de arte, vale ressaltar que foi minha primeira fonte de renda).
Desenvolvi uma relativa habilidade com lapis de cor, com o qual praticamente baseava-se minhas criações (fortemente influenciado pela estetica da tatuagem, que diga-se de passagem, tinha como meta tatuar, meta esta que se perdeu no tempo).
Conforme minha experiencia com a reprodução de retratos foi se expandindo, fui perdendo o gosto pelas criações, e cada vez mais me tornava mais tecnico em relação ao desenho. Quando por fim praticamente parei de desenhar.


Paralelo a isso eu participava de uma banda a qual fundei junto com Daniel (Patrik) amigo de infancia quem me acompanhou na descoberta de grandes nomes rock; legião urbana, Engenheiros do hawaii, Nirvana, Raul seixas, Capital inicial, los hermanos, cazuza entres outros, a quem devo parte da minha visão de mundo.
Há muito eu compunha poesias, mesmo sem o intuito de musicar, coisa que nasceu naturalmente com a "coisa de banda". Em pouco tempo nosso repertorio era formado somente por musica propria
Volta e meia conheci Samuel. Ele que estava com um projeto de um fanzine multimidia chamado xicultura, que visava sobretudo promover, estimular, produzir, divulgar e valorizar o artistica alternativo local por meio de uma versão impresa que carregava textos, contos, poesias, artigos, desenhos ... que acompanhava um vcd com videos, intrevistas, shows, curtas, videoclipes e tudo mais, sempre de artistas locais.

Infelizmente não durou muito (apenas treis edições, sendo que uma não foi lançada) mas foi de incontavél importancia as experiencias e reflexões vivenciadas neste periodo. Até então pra mim era novidade debater a importancia do artista da cidade em seu meio, e formas de como fortalece-lo no meio.
O fim da xicultura desencadeou um projeto chamado ''Atitude Coletiva''. Reciclando a proposta do multizine faziamos eventos alternativos produzido com a colaboração das proprias bandas que sediam seus equipamentos (intrumentos, caixas amplificadas, microfones, estenções e tal).
Participava como co-organizador e também por duas vezes a ''Chuveiro Eletrico'' se apresentou. A primeira foi um fiasco, eramos pouco experientes, e tinhamos ensaiado menos ainda.
Quase sete meses depois nos apresentamos, com uma performace bem melhor dessa vez, digna de uma primeira vez (hehehehe).

continua....

A promessa!

Prometo deixar este atualizado...
hehehehehe


pra garantir...vou fazer este topico.
Mas do que falar? Bom, primeiro sobre a ideia do blog.

Acho que ando meio pelos avessos, desconexo, desarmoniado, um tanto embaraçado, e a muito busco a cura e neste exato momento acredito eu que essa (escrevendo) seja uma boa forma de encontrar-me.

OBS:obrigado marcos pelo estimulo para que possa escrever.
hehehehehe

beijo a todos